quinta-feira, 7 de março de 2013

Dia de que?

Mais um 8 de março passando e eu com sentimentos contraditórios sobre a comemoração do dia internacional da mulher. Minha esperança é que antes de terminar este texto eu tenha me decidido sobre o assunto.

Por algum tempo fui contra o fato de as mulheres terem um dia. Até ganhei uma bronca por isso (e agradeço), pois eu estava desfrutando de todas as conquistas que mulheres antes de mim haviam conseguido. Eu posso viajar sozinha, votar, trabalhar, escolher com quem eu quero casar, e tantas outras coisas que as mulheres não podiam fazer. Fui humilde, concordei com isso e me calei.

Concordo, concordo sim. Sou grata por todas aquelas que sofreram e até morreram por isso. Reconheço que muita luta foi necessária para chegarmos onde estamos. Até me sinto mal em falar na primeira pessoa, pois não participei dessa luta.

Então, por que a comemoração do dia da mulher me incomoda? Sou feliz por ser mulher, ser mãe, ser esposa e tudo o que descende do simples fato de ter nascido sob o sexo feminino. Sim, é necessário que haja uma data para lembrarmos da história, reconhecermos os esforços e sabermos - todos nós, homens e mulheres - que ainda há muito a ser feito.

Acredito que meu incômodo refere-se em como o dia é comemorado e não com a comemoração em si. Não tem nada a ver com flores, chocolate, lingerie, desconto em salão de beleza ou loja de sapato. Não é dia para presentes e festa. É dia para reconhecimento e respeito.

Sou privilegiada por ter ao meu lado muitos homens e mulheres que sabem disso. Homens cientes de que a mulher não deve estar atrás ou à frente, deve estar ao lado. E mulheres que se valorizam e se dão o devido respeito. Homens e mulheres que prezam pela pessoa, independente do seu sexo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A relatividade da beleza.

Dias atras estive no escritório do meu marido. Ele tem uma foto minha e da Giovanna (nossa filha de 8 anos) na ocasião do seu segundo aniversário. Há 6 anos eu tinha menos rugas, menos cabelos brancos, menos olheiras, menos flacidez ... chega, não quero descobrir ou lembrar o que mais eu tinha a menos.

Certamente eu tinha menos experiência, menos sabedoria, menos espiritualidade, mas não é disso que venho escrever hoje. Olhando para aquela foto eu disse: "nossa, minha 'cara' está tão diferente hoje". Falei desse jeito mesmo e acrescentei: "mas acho que hoje estou mais bonita". Pois é, dou a mão à palmatória a quem quer que já tenha dito isso e eu não concordei. Não que eu me ache bonita. Entenda bem.

Entretanto quem é ... Qual é o ser vivente que não está mais bonito hoje do que há 10 ou 15 anos atras? Feios, bonitos, feinhos, bonitinhos e etc. O que estilos, modas e óticas (não) fazem por uma imagem?

Paula Toller é, pra mim, um dos maiores exemplos. Pra quem não lembra, ou não sabe, ela era a vocalista do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Sim, era! Hoje ela é vocalista do Kid Abelha. Reduzir o nome da banda e uns anos a mais fizeram um bem danado. A sua voz continua a mesma, mas o cabelo, quanta diferença, como diria um comercial de xampu da mesma época.

E se fossemos capaz de fazer uma viagem no tempo em direção ao futuro? Será que eu com 10 anos acharia a Paula Toller de hoje bonita? Será que é a mesma sensação de ter assistido Blade Runner ou Mad Max sem o tema apocalíptico? Vai saber.

Se hoje você acha que não tem jeito, não se desespere, você tem solução. Tenha paciência, espere uns 5 ou 10 anos. Claro que é sempre bom dar uma ajudazinha ao tempo cuidando-se da melhor maneira possível. Como dizem, os 30 anos são os novos 20 e (gosto de acreditar que) assim sucessivamente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ah, o Facebook!!!

Todo mundo ama o Facebook! Ou não. A gente reclama também. Uns não querem ver propaganda política, outros querem. Uns ameaçando exclusão de quem postar aquele assunto que o desagrada (é, eu sei, eu sei, já fiz isso), outros proclamando que "o Face é meu , eu posto o que quiser". Levanta a mão aí quem nunca torceu o nariz pra alguma coisa que apareceu no seu monitor. Isso me lembra um texto que eu li no blog Byte Que Eu Gosto (http://blog.bytequeeugosto.com.br/o-facebook-ta-chato-mas-nao-tanto-quanto-voce/). Desde então passei a remover algumas pessoas, bloquear outras, esconder alguns históricos.

E bem fácil excluir um contato do seu Facebook. Ou não! Saiba que em alguns casos, você acaba sendo excluído de todo o resto da vida da pessoa e pode até acabar em morte (veja aqui: http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2012/02/09/homem-mata-casal-depois-que-filha-foi-excluida-como-amiga-no-facebook-430839.asp). Ui! E tem aqueles que nem ligam, mas entre o preto e o branco há muitas nuances e você pode não conseguir escapar de uma delas como, por exemplo, levar uma indireta online.

Falando nisso, indireta é o que há no Facebook. Sim! E ninguém precisa escrever mais nada. Inventaram aquelas imagens com uma foto bem produzida (ou não) e uma frase. Pronto! Você está fadado a ver o negócio pelo menos umas 5 vezes na sua timeline, pois não basta curtir, tem que compartilhar. E o pior, aquelas imagenzinhas normalmente vem acompanhadas daqueles erros de português. Trocar "mas" pelo "mais" é o mais recorrente.

A reclamação anda tão grande que eu tô até desejando ser invejada, mal falada e odiada quanto alguns dos meus contatos. Acho que sou a pessoa mais feliz que eu conheço, ou não, devo ser a mais tapada (o que no final dá no mesmo). Sério! Ou então sou a mais infeliz, pois não sirvo pra que falem mal de mim (risos)...

Mas ... MAS, porém, contudo, entretanto, todavia ... há dias, olhando para os últimos posts da minha timeline, fiquei tão feliz com meu "Feice". SIM! Tenho reunidas nele pessoas tão queridas de várias fases da minha vida. Colegas do primário e até minha professora da 4ª série, colegas do ginásio, 2º grau (sim, estou usando a nomenclatura daquele tempo - na maioria das vezes me sinto orgulhosa da idade que tenho), do Jornalismo, da pós e tantos que conheci há pouco ou algum tempo e também deixaram impressões na minha vida. Tios, primos, os parentes ganhados com o casamento. Amigos da igreja, da academia, da escola das crianças, da escola de música.
Já pensei em abandonar o Facebook, como fiz com o Orkut. Mas por enquanto meu perfil permanece, pelo menos até que o Google+ não tome seu lugar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um sábado na varanda

No primeiro sábado de 2012 nossos inquilinos saíram e não voltaram. Pensamos que dariam uma voltinha rápida, mas aparentemente não iriam voltar. Não ficamos preocupados, eles nos pagaram muito mais do que merecemos. Estou falando do feliz casal de canarinho escolheu uma das vigas de nossa casa para fazer seu ninho.

O papai canarinho cantava muito do muro, parecendo chamar sua companheira para a lida. Ela saía do ninho e juntos voavam, talvez em busca de alimento para os pequenos. Isso se repetia várias vezes ao dia. Eis que naquele sábado seus dois filhotinhos alçaram o que talvez tenha sido seu primeiro voo.

Somente tivemos esta oportunidade porque escolhemos curtir o dia. Ficamos em casa, cuidando de nossas coisas, limpando o quintal, tratando das plantas... tendo atividades recreativas salutares em família. Foi um primeiro sábado memorável. O dia estava lindo e todos reunidos sem compromissos. Perfeito!

Arrisquei repetir: "se fizéssemos isso com mais regularidade seríamos mais felizes". A frase foi dita pela primeira vez logo depois que nosso quintal se tornou viável para que permanecêssemos nele por mais de alguns minutos. Tínhamos então uma varanda! Passávamos um sábado fazendo alguma atividade colhida do Art Attack da Disney com a Giovanna. A febre inexplicável e constante do Pedrinho era o que distanciava a perfeição daquele momento.

Incontáveis foram as vezes que utilizamos nosso quintal depois disso. Às vezes com alguns familiares, às vezes com alguns amigos, às vezes todos juntos. Aniversários, feriados, comemorações, despedidas ou mesmo sem motivo aparente.

Entretanto ao mencionar novamente a frase, soei um tanto gananciosa. Por duas vezes no ano que se passou afirmei que nunca fomos tão felizes como temos sido ultimamente. Indubitávelmente 2011 foi difícil! Começamos o ano cansados, incontáveis compromissos tomavam nosso escasso tempo. O que nos ocupava? Praticar esportes, tocar instrumentos, passear e brincar com os filhos, estudar, praticar trabalhos voluntários, pesquisar nossa genealogia, participar ativamente na Igreja, atualizar perfis de redes sociais (risos) ... haja tempo. Eu sei, é muita coisa e ainda tem mais!

A falta de tempo porém não foi o problema do nosso ano. Incompreensão, intolerância, julgamento sem conhecimento foram as causas de nossos raros momentos de desânimo. Contudo, o que me fez ser mais feliz (também), foi que nunca sentimos raiva, mas tristeza.

O que nos fez tão feliz? A paz que sentimos apesar de tudo. O companheirismo, amor e união de um feliz casamento. A harmonia que brota da ótima convivência familiar. O apoio e o carinho que recebemos incondicionalmente dos amigos. A fortaleza proveniente do amor dos familiares.

Pois bem, os canarinhos voltaram. Impossível saber por quantos dias irão permanecer. O canto do papai canarinho continuará sendo um superfaturamento neste "negócio" anunciando um ano em que receberemos muito. De novo!

Arrivederci

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um breve e bom começo.

Há algum tempo tenho a ideia de ter um blog e escrever sobre o que penso e minhas experiências. Já tentei com um diário, mas nunca tive sucesso na empreitada. Na adolescência era tão fácil, só não tinha tanto o que escrever. Hoje não me falta assunto, mas me falta tempo ou empenho (não consigo me decidir - mas lá no fundo eu bem sei). Quem sabe aqui funcione.

A primeira dificuldade veio em escolher um título. Sobre o que vou falar? Sei que sobretudo vou escrever sobre genealogia, história da família e afins. Porém certamente terei algo mais a dizer.

Miscelânea foi a palavra que veio a minha mente e, não tendo certeza se ela se aplicava ao contexto, fui ao Google.

Wikipédia me informou que "se denomina com o nome de miscelânea um gênero literário didático que se deu principalmente no Renascimento e no Barroco na Espanha, durante os séculos XVI e XVII. Constitui um dos principais precedentes do ensaio ou gênero ensaístico, e consiste em uma coleção de materiais heterogêneos, que apenas tem entre si em comum o fato de suscitarem o interesse do compilador e do público que presumivelmente iria comprar o produto, mesclando opinião, instrução, e diversão".

Tá aí, é isso mesmo. Claro que os temas que suscitam meu interesse não irão necessariamente suscitar o seu, mas isso é outra história.

Você vai encontrar aqui minha miscelânea (leia-se, minha vida). Se isso vai te ajudar, edificar, entreter (ou qualquer outra coisa boa) fico feliz. Se te entediar, I'm so sorry!

Vou voltar ao meu tereré e os outros afazeres que são muitos. Obrigada por ter chegado até aqui. A próxima entrada será bem mais interessante.
Arrivederchi!