segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um sábado na varanda

No primeiro sábado de 2012 nossos inquilinos saíram e não voltaram. Pensamos que dariam uma voltinha rápida, mas aparentemente não iriam voltar. Não ficamos preocupados, eles nos pagaram muito mais do que merecemos. Estou falando do feliz casal de canarinho escolheu uma das vigas de nossa casa para fazer seu ninho.

O papai canarinho cantava muito do muro, parecendo chamar sua companheira para a lida. Ela saía do ninho e juntos voavam, talvez em busca de alimento para os pequenos. Isso se repetia várias vezes ao dia. Eis que naquele sábado seus dois filhotinhos alçaram o que talvez tenha sido seu primeiro voo.

Somente tivemos esta oportunidade porque escolhemos curtir o dia. Ficamos em casa, cuidando de nossas coisas, limpando o quintal, tratando das plantas... tendo atividades recreativas salutares em família. Foi um primeiro sábado memorável. O dia estava lindo e todos reunidos sem compromissos. Perfeito!

Arrisquei repetir: "se fizéssemos isso com mais regularidade seríamos mais felizes". A frase foi dita pela primeira vez logo depois que nosso quintal se tornou viável para que permanecêssemos nele por mais de alguns minutos. Tínhamos então uma varanda! Passávamos um sábado fazendo alguma atividade colhida do Art Attack da Disney com a Giovanna. A febre inexplicável e constante do Pedrinho era o que distanciava a perfeição daquele momento.

Incontáveis foram as vezes que utilizamos nosso quintal depois disso. Às vezes com alguns familiares, às vezes com alguns amigos, às vezes todos juntos. Aniversários, feriados, comemorações, despedidas ou mesmo sem motivo aparente.

Entretanto ao mencionar novamente a frase, soei um tanto gananciosa. Por duas vezes no ano que se passou afirmei que nunca fomos tão felizes como temos sido ultimamente. Indubitávelmente 2011 foi difícil! Começamos o ano cansados, incontáveis compromissos tomavam nosso escasso tempo. O que nos ocupava? Praticar esportes, tocar instrumentos, passear e brincar com os filhos, estudar, praticar trabalhos voluntários, pesquisar nossa genealogia, participar ativamente na Igreja, atualizar perfis de redes sociais (risos) ... haja tempo. Eu sei, é muita coisa e ainda tem mais!

A falta de tempo porém não foi o problema do nosso ano. Incompreensão, intolerância, julgamento sem conhecimento foram as causas de nossos raros momentos de desânimo. Contudo, o que me fez ser mais feliz (também), foi que nunca sentimos raiva, mas tristeza.

O que nos fez tão feliz? A paz que sentimos apesar de tudo. O companheirismo, amor e união de um feliz casamento. A harmonia que brota da ótima convivência familiar. O apoio e o carinho que recebemos incondicionalmente dos amigos. A fortaleza proveniente do amor dos familiares.

Pois bem, os canarinhos voltaram. Impossível saber por quantos dias irão permanecer. O canto do papai canarinho continuará sendo um superfaturamento neste "negócio" anunciando um ano em que receberemos muito. De novo!

Arrivederci

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